sábado, 30 de junho de 2012

Fundamentos

Por quê?

Historicamente os Centros de Línguas foram surgindo de projetos isolados, por meio da ação de educadores que trabalhavam na ponta e que viam a necessidade de se criar um espaço, dentro do sistema público de educação, para o ensino mais efetivo de línguas estrangeiras, onde todas as habilidades necessárias para a aprendizagem de idiomas pudessem ser desenvolvidas por estudantes de escolas públicas.
Devido ao idealismo e empenho de vários profissionais da educação em diferentes épocas, os CIL foram nascendo, às vezes na contra-mão do que o sistema educacional priorizava, mas sempre com a visão clara de que seria possível - por meio do trabalho de equipe e do esforço pessoal dos profissionais que optaram por trabalhar nessas escolas - proporcionar um ensino de qualidade àqueles estudantes cujas famílias não poderiam pagar por um curso particular.
Porém, se por um lado a história destas instituições mostrou-se rica e bela pela maneira como se desenvolveu, o fato de não terem surgido de políticas públicas voltadas à melhoria do ensino de LEM deixou essas escolas à mercê de arcabouços regimentais muitas vezes não aplicáveis a escolas que fogem do padrão técnico-operacional da maioria das instituições públicas de ensino. A forçada adaptação a parâmetros administrativos das escolas regulares causou entraves, distorções e instabilidade na consecução do trabalho administrativo-pedagógico dos CIL, algo que desestimula e muitas vezes emperra a evolução do serviço por eles prestados.
Passados tantos anos desde a criação do primeiro Centro de Línguas, hoje temos finalmente um Núcleo (Núcleo dos Centros de Línguas - NCIL ou NUCELIN) dentro da Gerência de Escolas de Natureza Especial (GENESP) que vem concentrando esforços no sentido de oferecer meios para que essas tão almejadas políticas públicas sejam construídas, com a participação do maior número possível de agentes que queiram envolver-se com um processo inédito na história dos CIL, o qual parte do nível central, mas com a clara perspectiva de que somente com a colaboração daqueles que efetivamente estão envolvidos com o trabalho nessas escolas é que se conseguirão desenvolver políticas que realmente atendam às necessidades de todos os atores que têm provado, por meio de um trabalho competente e qualificado, que é possível oferecer um ensino público de línguas de qualidade.

Um comentário:

  1. Mesmo "inativa" continuarei acompanhando o trabalho dessa incansável equipe que produz conhecimento e sugere práticas efetivas para transformar positivamente a realidade dos CILs.
    Parabéns pelo trabalho.

    Abraços a toda a equipe que está ajudando a criar as novas diretrizes,

    Almerinda

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