Iniciou-se a reunião com a
apresentação dos resultados das discussões em cada instituição. Foram trazidas
várias dúvidas sobre as propostas apresentadas que dificultaram sua análise
pelos professores em cada escola. Verificou-se que os professores desejavam
mais detalhamento sobre as propostas e as consequentes implicações das
mudanças. Esclareceu-se que a primeira definição que se deseja se refere à
redução ou não do tempo dos cursos no currículo pleno. Um segundo momento seria
a definição da proposta que melhor viesse a contemplar o que se deseja
desenvolver nos CILs. E, como seguimento ao processo de implantação da mudança,
discussões seriam realizadas para a adaptação gradativa da estrutura atual ao
novo modelo.
Entre as dúvidas apresentadas,
estava a questão da carga horária do professor, pois muitos educadores temiam
perder o tempo já reservado às coordenações. Foi mais uma vez ressaltado que a
carga horária de regência e de coordenação atual estava garantida por lei e que
as propostas apresentadas não pretendiam modificar a Jornada Ampliada. Também
se questionou se os cursos FIC, caso a redução do tempo de aula fosse aprovada,
seriam obrigatórios a todos os professores. Esclareceu-se que a referida redução
tinha como objetivo sanar problemas que dificultavam a permanência dos alunos
nas escolas e não diminuir o horário de regência dos professores, cuja atuação
nos cursos FIC deveria ser devidamente registrada, mas que haveria
possibilidade de trabalho em conjunto com colegas, uso do horário
para atendimento à distância e planejamento de atividades. Quanto a isso, o
professor Roger disse que de nenhuma maneira se poderia exigir que os
profissionais dos CILs trabalhassem além de seu horário de regência, mas que
aquele reservado a esses cursos deveria estar bem registrado em sua carga,
exatamente para não dar margem a dúvidas quanto ao cumprimento dos horários de
trabalho. Explicou que caberia a cada
instituição estabelecer o melhor esquema de trabalho a seus profissionais e
analisar a demanda de alunos por cursos de aperfeiçoamento do idioma aprendido,
o qual não precisaria ter a avaliação formal dos cursos regulares. Conversação,
leitura, escrita, entre outras atividades, poderiam ser oferecidas a esses
estudantes, de acordo com sua necessidade e interesse.
Também se indagou sobre a
possibilidade de que a estrutura atual permanecesse. Deixou-se claro que,
conforme discussões prévias nos encontros da comissão, havia sido detectado nas
escolas a necessidade de mudanças na atual estrutura, principalmente diante dos
dados que mostram o alto índice de reprovação e evasão dos alunos dos a CILs, e
que o que se procurava com as propostas apresentadas pelas escolas seria, ao
menos, minimizar as prováveis causas desses dados preocupantes. Por esse
motivo, as discussões evoluíram para a análise de propostas de mudanças que
pudessem melhorar o trabalho nestas instituições, principalmente no que se
referia à quantidade de alunos que terminam o curso depois de 7 anos de
estudos.
Educadores em alguns CILs,
segundo seus representantes, pediram um detalhamento melhor das propostas para
que pudessem analisá-las e optar por uma. Detalhes sobre a adaptação ou mudança
de conteúdos foram requisitados. O
professor Juscelino e o professor Ivo explicaram que em primeiro lugar se fazia
necessária a definição por alguma proposta de redução de tempo, pois o processo
de reestruturação dos cursos seria um processo mais complexo que demandaria
outros encontros entre representantes dos CILs de modo a encontrar a melhor
maneira de adequação dos conteúdos, algo que seria da alçada de outra comissão
que discutiria o currículo destas escolas. Por esse motivo, um maior
detalhamento nesse aspecto seria inviável neste primeiro momento, mas que a
proposta já apresentada pelo CIL do Guará trazia respostas relativas à
nomenclatura dos níveis, marcos de referência, entre outras coisas.
O CIL de Ceilândia apresentou uma
proposta de redução do tempo dos cursos para 4 anos, com cursos FIC e currículo
baseado no Marco Comum Europeu. E os representantes do CIL do Gama trouxeram a
sugestão de diminuição da aula em 10 minutos em vez dos 20 minutos propostos
pelo CIL de Sobradinho, além da aplicação de média 6 nas avaliações e aumento
do tempo do Curso Específico.
Diante das inúmeras dúvidas,
receios e demandas expressos na reunião, os representantes da GENESP se
propuseram a fazer visitas aos Centros de Línguas cujos representantes
julgassem ser necessária uma conversa esclarecedora com os professores nas
escolas onde atuam. CIL do Gama, CIL 01, CIL 02, CIL de Ceilândia e CIL de
Taguatinga expressaram interesse nessas visitas. Fez-se um cronograma para
essas ações e estabeleceu-se que não haveria reunião no dia 27 de setembro
devido às visitas e à necessidade de um aprofundamento nas discussões em cada
escola.
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